sexta-feira, julho 27, 2007

Augusto dos Anjos

O POETA DO HEDIONDO

"Sofro aceleradíssimas pancadas
No coração.
Ataca-me a existência
A mortificadora coalescência
Das desgraças humanas congregadas!

Em alucinatórias cavalgadas,
Eu sinto, então, sondando-me a consciência
A ultra-inquisitorial clarividência
De todas as neuronas acordadas!

Quando me dói no cérebro esta sonda!
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda
Generalização do Desconforto...
Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto"!

Nenhum comentário:

Postar um comentário