quinta-feira, dezembro 06, 2007

Ana Cristina César

Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera
e digo do coração: não soube
e digo das palavras: não digo
(não posso ainda acreditar na vida)
e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto.

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