segunda-feira, abril 07, 2008

Anna D´castro

Sou várias, em várias de mim...
Sei, porque eu me conheço
Mas nem sempre reconheço
Porque terei de ser assim.

Tem horas que sou como rocha
Uma matéria impenetrável...
Outras, fico tão frágil
Toda eu sou maleável!

Em permanente conflito
Vivo nesse labirinto
Às vezes, solto meu grito
Quando não sou o que sinto.

Mas quando fico nervosa
Mostro como estou carente
Tal como pétala de rosa
Em mão inconsequente.

Não quero mostrar minha dor
Fica presa na garganta
Prefiro falar de amor
Dar leveza e graça tanta.

E nessas várias de mim
Tenho a alma como o vento:
- eterna, rebelde ou branda -
E a chama que crepita sem fim...
É a única que me comanda!

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