sábado, agosto 25, 2007

Shakespeare

Soneto XLVII

Há uma união entre o que vejo e o que sinto,
E o bem de cada coisa verte de uma em outra:
Quando meus olhos anseiam por um olhar,
Ou coração apaixonado, brando, a suspirar,
Meus olhos celebram a imagem do meu amor,

E, diante do banquete, se rende a minha emoção;

Em outro tempo, meus olhos se aninham ao sentimento,
E aos seus pensamentos de amor se unem:
Então, seja por tua imagem ou pelo meu amor,

Estás, mesmo longe, sempre comigo;

Pois não corres mais do que os meus pensamentos vão,
E eu estou sempre com eles e, eles, contigo;

Ou, se adormecem, a tua imagem à minha frente
Desperta o meu amor para a alegria dos olhos e do coração.'

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